As suas origens perdem-se no tempo. Foi sede de município desde o século XIII e couto de homiziados a pedido do Infante D. Henrique até finais do século XVIII. D. Afonso III concedeu-lhe carta de Foral em 1256 e D. Manuel em 1510. D. Dinis doou a vila com o seu castelo aos Cavaleiros do Templo e com a sua extinção passou para a Ordem de Cristo. As ruas sinuosas e íngremes apresentam muitos exemplares interessantes da arquitetura tradicional da aldeia, com casas construídas na pedra ruiva da região, o quartzito, algumas com pormenores bem interessantes, como os balcões e os lintéis das portas e janelas. No centro da aldeia permanece o Pelourinho, datado do reinado de D. Sebastião, com capitel de recorte jónico, com as armas nacionais e com cinco flores de lis, assinado pelos seus autores: Estevam Simão e Domingos Fernandes. Ao cimo da encosta, a Igreja Matriz de meados do século XX, mantém alguns elementos de uma estrutura anterior, com especial destaque para a grande pia batismal que se encontra no adro. Mais acima encontra-se o Castelo, de onde se pode apreciar uma paisagem inesquecível, com vista privilegiada sobre o profundo recorte do vale do Ponsul, onde estão os moinhos de rodízios outrora o maior conjunto de todo o concelho. Descendo em direção ao rio, percorre-se a Rota dos Fósseis. Ao longo do percurso encontram-se inúmeros vestígios do que foi a vida neste lugar há 600 milhões de anos, uma das principais razões da sua classificação e inclusão no Geopark Naturtejo da Meseta Meridional, criado sob os auspícios da UNESCO.